Adriano tinha uma voz suave e triste, mas apesar de tudo potente."
"Adriano acompanhava este grupo durante as serenatas de rua. Nas noites mais frias em Coimbra, para manter as mãos quentes, a solução era, para os instrumentistas, pôr umas pedras ao lume, aquecê-las bem e depois envolvê-las em jornais. Colocadas nos bolsos, permitiam manter as mãos quentes, facilitando o dedilhar. Mas era necessário que alguém levasse os instrumentos... Adriano era uma espécie de aguadeiro: era o indivíduo que levava a viola de Durval Moreirinhas para que este pudesse manter as mãos quentes.
Até que um dia houve uma serenata em que o cantor, por um motivo qualquer, faltou. Como alternativa, Adriano teve que cantar porque conhecia todas as letras. Todo o grupo ficou surpreendido porque, se a voz não resultava no interior, ao ar livre era excelente e muito semelhante à de Zeca Afonso.
Este acontecimento foi uma conquista para Adriano, pois assim viu a sua oportunidade de integrar o grupo."
Manuel Reis - "ADRIANO Presente!"
2º EP de Adriano
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