quarta-feira, 23 de maio de 2018

A Persistência

«Inicialmente colhi grande entusiasmo dos espectáculos estudantis. Os estudantes efectivamente embandeiravam em arco com as actuações. Correspondiam com receptividade. Parecia-me receptividade, porque vi que em muitos casos a possível acção do que cantava junto das pessoas não era correspondida depois na prática. As pessoas iam facilmente aplaudir coisas gravíssimas e sérias que eram as palavras das canções que cantávamos. Iam aplaudi-las. Seria lícito pensar que no dia seguinte iam actuar, por exemplo, até associativamente em correspondência com isso. Mas não. É neste ponto que há o tal desvio da função das coisas. Mas não por culpa nossa. Nós temos que fazer sempre as coisas da mesma maneira.»

Adriano Correia de Oliveira

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