segunda-feira, 4 de junho de 2018

O Caminho

«Ao querermos intervir em determinada luta com uma canção que a possa reflectir, isso pode significar substituir o factor dominante que é a luta política e não a traduzir em termos exactos. A canção pode perfeitamente apreender o sentido dessa luta, mas também pode acontecer o problema de a exprimirmos ideologicamente e até factualmente de uma forma errada. O caminho que essa luta deve seguir deve ser definido pela classe operária, pelos trabalhadores e não por nós: poderia haver o risco de estarmos a cair numa situação falsa e de induzirmos as outras pessoas em erro»

Adriano Correia de Oliveira

quinta-feira, 31 de maio de 2018

A Canção

«A canção pode não ter uma influência decisiva, mas é complementar, e interessa que a arte, seja qual for, reflicta exactamente aquilo que se está a passar em cada sociedade. Se não, não é útil e falha substancialmente. Não corresponde à sua função.»

Adriano Correia de Oliveira

terça-feira, 29 de maio de 2018

O Revolucionário

"O Adriano acreditava na potencialidade revolucionária da música e da canção. Sempre se assumiu como um desbloqueador ou despertador de consciências"

José Lopes Almeida - Presidente da AAC em 1962

quarta-feira, 23 de maio de 2018

A Persistência

«Inicialmente colhi grande entusiasmo dos espectáculos estudantis. Os estudantes efectivamente embandeiravam em arco com as actuações. Correspondiam com receptividade. Parecia-me receptividade, porque vi que em muitos casos a possível acção do que cantava junto das pessoas não era correspondida depois na prática. As pessoas iam facilmente aplaudir coisas gravíssimas e sérias que eram as palavras das canções que cantávamos. Iam aplaudi-las. Seria lícito pensar que no dia seguinte iam actuar, por exemplo, até associativamente em correspondência com isso. Mas não. É neste ponto que há o tal desvio da função das coisas. Mas não por culpa nossa. Nós temos que fazer sempre as coisas da mesma maneira.»

Adriano Correia de Oliveira

terça-feira, 22 de maio de 2018

A Militância

"Nós sabíamos que podíamos contar sempre com o Adriano. Fosse para cantar no Rossio, fosse para cantar em qualquer lado, ele estava sempre disponível. Nunca punha a hipótese de ser preso ou ter problemas com a polícia."

Manuel Freire

1º de Maio de 1974 - Peniche - Concerto de Fausto, Adriano Correia de Oliveira e Vitorino, no Campo da Torre

segunda-feira, 21 de maio de 2018

A Sobrevivência

"As notas de banco – que lhe eram necessárias para sobreviver, para educar os filhos, para viver com alguma segurança – trocou-as pelas notas de música e pelas palavras dos poetas que cantou. E isso lhe bastava. Por isso morreu pobre. E triste…”

José Niza

sexta-feira, 18 de maio de 2018

A Voz

"O Adriano, como o Zeca, como eu, como muitos outros, não sabia ler nem escrever uma única nota musical. Partiu e chegou à praça das canções apenas com a sua voz, a sua viola e a sua sensibilidade para a poesia e para a realidade triste de um país que ajudou a mudar e a reconstruir."

José Niza

quinta-feira, 17 de maio de 2018

A Figura

"O Adriano é uma figura quase heróica! Nunca se negou a ir onde quer que fosse, nas condições mais adversas, sem qualquer tipo de vantagens pessoais"

Zeca Afonso


Festa do Avante 1980

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Sobre a Obra completa em CD

Adriano Correia de Oliveira no jornal "Público" de 5 de novembro de 2007, a propósito do lançamento da sua obra completa em CD.

Texto de Liliana Duarte.

"O último disco que fiz com o Adriano, no ano de 1969, foi O Canto e as Armas. Eu era aspirante de Cavalaria em Santarém e o Adriano era alferes, também de Cavalaria, no presídio militar. O disco O Canto e as Armas foi gravado durante duas noites de patrulha da polícia militar do alferes Adriano, com ele fardado e com a pistola, o capacete e a braçadeira poisados em cima do piano e o jipe a passear por Lisboa, com a cumplicidade de certos militares amigos", recorda Rui Pato... "

daqui:

http://guitarradecoimbra.blogspot.pt/2007/11/adriano-correia-de-oliveira-no-jornal.html


De Rui Pato: "Rectificacão para repôr a verdade: a gravação foi feita numa só noite e "As Mãos" foi feita desde o início, para ser cantada à capella."